22 a 28 de fevereiro

 Recordação da vida de manhã: 

22/2: A amabilidade é uma libertação da crueldade que às vezes penetra nas relações humanas, da ansiedade que não nos deixa pensar nos outros, da urgência distraída que ignora que os outros também têm direito de ser felizes. (Fratelli Tutti, 224)

23/2: comprometamo-nos a viver e ensinar o valor do respeito, o amor capaz de aceitar as várias diferenças, a prioridade da dignidade de todo o ser humano sobre quaisquer ideias, sentimentos, atividades e até pecados que possa ter. (Fratelli Tutti, 191)

24/2: é «um ato de caridade, igualmente indispensável, o empenho com o objetivo de organizar e estruturar a sociedade de modo que o próximo não se venha a encontrar na miséria». (Fratelli Tutti, 186)

25/2: Lembrai-Vos de nós na vossa misericórdia. Dai-nos a graça de nos envergonharmos daquilo que, como homens, fomos capazes de fazer, de nos envergonharmos desta máxima idolatria, de termos desprezado e destruído a nossa carne, aquela que Vós formastes da lama, aquela que vivificastes com o vosso sopro de vida. Nunca mais, Senhor, nunca mais! (Fratelli Tutti, 247)

26/2: Todos os compromissos decorrentes da doutrina social da Igreja «derivam da caridade que é – como ensinou Jesus – a síntese de toda a Lei (cf. Mt 22, 36-40)» (Fratelli tutti, 181)

27/2: um indivíduo pode ajudar uma pessoa necessitada, mas, quando se une a outros para gerar processos sociais de fraternidade e justiça para todos, entra no «campo da caridade mais ampla, a caridade política». (Fratelli Tutti, 180)

28/2: A pregação do Reino, o perdão dos pecados, as curas e os sinais realizados eram, de fato, centelhas de uma luz ainda maior: "a luz de Jesus, a luz que é Jesus" (Pp Francisco no Ângelus em 25 de fevereiro)

Salmos de manhã: 


22/2: p. 126 sl 97/96
23/2: p. 700 Dt 32, 1-12
24/2: p. 30 sl 8
25/2: p. 232 Dn 3, 57-88.56
26/2: p. 35 sl 19/18, 1-2
27/2: p. 81ss sl 65/64
28/2: p. 703 Is 42, 10-16

Recordação da vida de tarde:


22/2: Por isso, insisto que «ajudar os pobres com o dinheiro deve sempre ser um remédio provisório para enfrentar emergências. O verdadeiro objetivo deveria ser sempre consentir-lhes uma vida digna através do trabalho». (Fratelli Tutti, 162)

23/2: A caridade reúne as duas dimensões – a mítica e a institucional –, pois implica um caminho eficaz de transformação da história que exige incorporar tudo: instituições, direito, técnica, experiência, contribuições profissionais, análise científica, procedimentos administrativos. (Fratelli Tutti, 164)

24/2: A caridade precisa da luz da verdade, que buscamos constantemente, e «esta luz é simultaneamente a luz da razão e a da fé», sem relativismos. (Fratelli Tutti, 185)

25/02: entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. (Fratelli Tutti, 199)

26/2: Reconhecer todo o ser humano como um irmão ou uma irmã e procurar uma amizade social que integre a todos não são meras utopias. Exigem a decisão e a capacidade de encontrar os percursos eficazes, que assegurem a sua real possibilidade. (Fratelli Tutti, 180)

27/2: Quem não vive a gratuitidade fraterna, transforma a sua existência num comércio cheio de ansiedade: está sempre a medir aquilo que dá e o que recebe em troca. Em contrapartida, Deus dá de graça, chegando ao ponto de ajudar mesmo os que não são fiéis e «fazer com que o Sol se levante sobre os bons e os maus» (Mt 5, 45).
(Fratelli Tutti, 140)

28/2: Não devemos confundir o pecado com corrupção. O pecado, especialmente quando é reiterativo, conduz à corrupção, mas não quantitativamente (tantos pecados provocam um corrupto), e sim qualitativamente, por criação de hábitos que vão deteriorando e limitando a capacidade de amar. (Bergoglio, Corrupção e Pecado, p. 17)

Salmos de tarde:


22/2: p. 252 n. 38 1Cor 13, 4-8
23/2: p. 249 Jo 15, 9-14
24/2: p. 34 sl 16
25/2: p. 263s Ap 21, 1-7
26/2: p. 162 sl 122/121
27/2: p. 78 sl 61/60




20 de fevereiro

Os dois textos da recordação da vida são do Pe. Jean Poul Hansen: Fraternidade e amizade social para curar uma sociedade adoecida, Revista Vida Pastoral, ano 65, n. 355, p. 8 (pdf | outras edições da revista)

 Tarde (21/20, 2-8)
 Recordação da vida (fonte): Os movimentos sociais e as organizações comunitárias, com suas lutas pelo bem comum, são uma proclamação de esperança.


 Manhã (32/31)
 Recordação da vida (fonte): Na nossa própria natureza, gerada no amor da Trindade, está inscrito o ímpeto de comunhão, de fraternidade, de diálogo e amizade social.

19 de fevereiro

Eu acabei me confundindo e lendo o texto da recordação da vida da manhã de tarde e vice-versa. Como eu só fui perceber isso bem mais tarde, ficou essa confusão

 Tarde (sl 6 / leitura bíblica das laudes da primeira segunda-feira da quaresma)
 Recordação da vida (fonte): O diálogo social autêntico pressupõe a capacidade de respeitar o ponto de vista do outro, aceitando como possível que contenha convicções ou interesses legítimos. A partir da própria identidade, o outro tem algo para dar, e é desejável que aprofunde e exponha a sua posição. (Fratelli Tutti, 203)


 Manhã (Cântico no livro da Sabedoria 9, 1-6.9-11)
 Recordação da vida (fonte): A verdade é uma companheira inseparável da justiça e da misericórdia. Se, por um lado, são essenciais – as três todas juntas – para construir a paz, por outro, cada uma delas impede que as restantes sejam adulteradas. (Fratelli Tutti, 227)

18 de fevereiro

 Tarde (sl 30/29)
 Recordação da vida (fonte): O verdadeiro arco-íris são aqueles braços abertos de Cristo na cruz. (S. Oscar Romero)


 Manhã (sl 149)
 O arco-íris é um sinal de Deus que diz: não haverá mais dilúvio na terra, preservarei a natureza mas é preciso trabalhar para que haja mais justiça; para que os bens que criei sejam organizados de acordo com o meu pensamento. (S. Oscar Romero)

17 de fevereiro

 Tarde (sl 16)
 Recordação da vida (fonte): "... [citando João Paulo II] Privar-se de algo não é só dar o supérfluo, não só dar o que sobra, mas também, muitas vezes, dar o necessário - como a viúva do Evangelho que sabia que a sua esmola era um dom recebido de Deus. Privar-se de algo é libertar-se das servidões de uma civilização que cada vez mais nos incentiva ao conforto e ao consumo sem sequer nos preocuparmos com a conservação do nosso meio ambiente, patrimônio comum da humanidade. Vejam as palavras! Que ainda fazem bem no campo material! -. Somos vítimas de uma sociedade de consumo, de luxo.” E estamos consumindo desenfreadamente porque a propaganda é tremenda e consumimos coisas ainda mais altas que o nosso salário. Queremos viver no luxo, queremos consumir como todo mundo consome, e estamos nos tornando vítimas, escravos. Vê como a Quaresma quebra as correntes com sua austeridade? (S. Oscar Romero)


 Manhã (sl 86/85)
 Recordação da vida (fonte): O perdão não implica esquecimento. Antes, mesmo que haja algo que de forma alguma pode ser negado, relativizado ou dissimulado, todavia podemos perdoar. Mesmo que haja algo que jamais deve ser tolerado, justificado ou desculpado, todavia podemos perdoar. Mesmo quando houver algo que por nenhum motivo devemos permitir-nos esquecer, todavia podemos perdoar. O perdão livre e sincero é uma grandeza que reflete a imensidão do perdão divino. Se o perdão é gratuito, então pode-se perdoar até a quem resiste ao arrependimento e é incapaz de pedir perdão. (Fratelli Tutti, 250)

16 de fevereiro

 Tarde (sl 145/144)
 Recordação da vida (fonte): Somos chamados a amar a todos, sem exceção, mas amar um opressor não significa consentir que continue a ser tal; nem levá-lo a pensar que é aceitável o que faz. Pelo contrário, amá-lo corretamente é procurar, de várias maneiras, que deixe de oprimir, tirar-lhe o poder que não sabe usar e que o desfigura como ser humano. (Fratelli Tutti, 241)


 Manhã (sl 147, 12-20)
 Recordação da vida (fonte): Aqueles que perdoam de verdade não esquecem, mas renunciam a deixar-se dominar pela mesma força destruidora que os lesou. Quebram o círculo vicioso, frenam o avanço das forças da destruição. (Fratelli Tutti, 251)

15 de fevereiro

 Tarde (sl 144/143)
 Recordação da vida (fonte): Perdoar não significa permitir que continuem a espezinhar a própria dignidade e a do outro, ou deixar que um criminoso continue a fazer mal. Quem sofre injustiça tem de defender vigorosamente os seus direitos e os da sua família, precisamente porque deve guardar a dignidade que lhes foi dada, uma dignidade que Deus ama. (Fratelli Tutti, 241)


 Manhã (sl 61/60)
 Recordação da vida (fonte): A justiça procura-se de modo adequado só por amor à própria justiça, por respeito das vítimas, para evitar novos crimes e visando preservar o bem comum, não como a suposta descarga do próprio rancor. O perdão é precisamente o que permite buscar a justiça sem cair no círculo vicioso da vingança nem na injustiça do esquecimento. (Fratelli Tutti, 252)

14 de fevereiro, quarta-feira de cinzas

 Tarde (sl 135/134 e o cântico em Apocalipse 15, 3-4)
 Recordação da vida (fonte): Na verdade o livro do Ofício Divino das comunidades oferece só uma oração na quarta-feira de cinzas, então rezei as vésperas do dia na Liturgia das Horas. Se tivesse recordação da vida na Liturgia das Horas, eu usaria a continuação do texto da manhã: "Quantas vezes fomos ignorados, magoados, infelizes, seja materialmente, intelectualmente, socialmente e/ou espiritualmente e tivemos a alegria de conhecer o nosso “Samaritano”? (Carmen Márquez)", disponível no mesmo link que está abaixo.

O salmo está dividido em duas partes na oração. 

A numeração dos salmos é uma bagunça complicada e eu não lembro agora a que se refere a numeração mais alta e a mais baixa (mas tem a ver com a numeração original na Bíblia hebraica e não lembro qual santo¹ que, quando a traduziu a Bíblia, dividiu alguns salmos em dois e juntou dois salmos em um só, então um dos números refere-se à numeração hebraica e o outro, à renumeração do santo, mas não me recordo qual é qual); no Ofício divino das comunidades eles usam (acho que) a numeração hebraica, aí fica número maior / número menor, mas na Liturgia das Horas é o contrário, aí fica número menor / número maior, e tudo isso é só pra explicar que se alguém for procurar esse salmo de hoje na Liturgia das Horas tem que procurar pelo 134/135, e não pelo 135/134, o que agora depois de escrever me parece óbvio, mas quase sempre é (para mim) extremamente confuso.

¹ Pus um link para o artigo da Wikipedia referente a São Jerônimo, porque lembrei que foi ele que fez essa confusão (sem desmerecer a tradução da Bíblia que ele fez, que tem muito mais peso do que a minha dificuldade com a numeração dos salmos).


 Manhã (sl 51/50)
 Recordação da vida (fonte): Estudio de la enciclica Fratelli tutti (14): los personajes de la parábola (Carmen Márquez)

13 de fevereiro

 Tarde (sl 61/60)
 Recordação da vida (fonte): Pp. Francisco na canonização de Mama Antula


 Manhã (sl 119/118 parte A / Alef)
 Recordação da vida (fonte): embora a frase seja de Nikolai Berdiaev, eu encontrei ela no livro Mariologia Social, p. 370, que não foi escrito por ele.

12 de fevereiro

 Tarde (sl 45/44)
 Recordação da vida (fonte): é uma citação de Tomás de Aquino neste artigo sobre a constituição Dei filius (do Concílio Vaticano I) adaptada por mim (para caber nos limites de caracteres das redes sociais)


 Manhã (sl 19/18, 1-2)
 Recordação da vida (fonte): Spe salvi, 14

10 de fevereiro

 Tarde (sl 104/103)

 Manhã (sl 117/116)


A frase da recordação da vida está no ofício das leituras do dia da memória de s. Escolástica, que é um texto de são Gregório Magno narrando um episódio em que s. Bento e s. Escolástica estavam acho que no mosteiro dela, ficou tarde, ele disse que tinha que ir embora, ela pediu para ele ficar, ele disse que não, então ela "pôs sobre a mesa as mãos com os dedos entrelaçados e inclinou a cabeça sobre as mãos para suplicar o Senhor onipotente", e imediatamente depois disto caiu um temporal que obrigou s. Bento a passar a noite ali com ela.
S. Bento reclamou disto e ela explicou com a frase da recordação da vida da manhã. A da tarde é a conclusão a que s. Gregório Magno chegou sobre o episódio.